quinta-feira, 26 de abril de 2007

Sistema Nervoso Autônomo

Chama-se sistema nervoso autônomo a parte do sistema nervoso relacionada com o controle da musculatura lisa, com o rítmo cardíaco e com a secreção de algumas glândulas. Sua função é ajustar certas atividades do organismo, a fim de manter a constância do meio interno (homeostase).


O conceito de sistema nervoso autônomo é principalmente funcional. Anatomicamente, ele é formado por aglomerados de células nervosas localizadas no sistema nervoso central, por fibras que saem do sistema nervoso central através de nervos cranianos e espinhais, e pelos gânglios nervosos situados no curso dessas fibras. O primeiro neurônio de cadeia autônoma está localizado no sistema nervoso central. Seu axônio entra em conexão sináptica com o segundo neurônio da cadeia, localizado num gânglio do sistema autônomo ou no interior de um órgão. As fibras nervosas que ligam o primeiro axônio ao segundo são chamadasde pré-ganglionares e as que partem do segundo neurônio para os efetores são as pós-ganglionares.


O sistema nervoso autônomo é formado por duas partes, distintas por sua anatomia e por suas funções: o sistema simpático e o sistema parassimpático.


Sistema nervoso autônomo simpático


É um sistema adrenérgico, sendo seu principal neurotransmissor a noradrenalina. Seu principal nervo é o tronco simpático. Está presente nos vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas, músculo liso, vísceras torácicas e abdominais. Este sistema é ativado em momento de estresse.
Nas fibras pré-ganglionares é a acetilcolina e nas pós ganglionares é a noradrenalina que atua.


Sistema nervoso autônomo parassimpático


É responsável pelo funcionamento normal do animal. Seu principal nervo é o vago, e é um sistema colinérgico tendo como principal neurotransmissor a acetilcolina. Tanto as fibras pré quanto as fibras pós ganglionares é a acetilcolina que atua.


A maioria dos órgãos inervados pelo sistema nervoso autônomo recebe fibras do simpático e do parassimpático. Em geral, nos órgãos em que o simpático é estimulador, o parassimpático tem ação inibidora, e vice-versa. Por exemplo, a estimulação do simpático acelera o ritmo cardíaco, ao passo que a estimulação das fibras parassimpáticas diminui este ritmo. Há alguns casos em que a atividade dos dois é complementar e não antagônica, como ocorre em algumas glândulas salivares, cuja secreção é maior quando estimulada pelo simpático e pelo parassimpático do que por qualquer um deles isoladamente.
Fonte: Conteúdo ministrado em aula; Livro de Histologia básica, autores : Junqueira e Carneiro

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Os nervos cranianos

Como já mencionado anteriormente, no sistema nervoso periférico as fibras nervosas agrupam-se em feixes, dando origem aos nervos.
Os nervos estabelecem comunicação entre os centros nervosos e os órgãos da sensibilidade e os efetores. Possuem fibras aferentes e eferentes, em relação ao sistema nervoso central. As aferentes levam para os centros as informações obtidas no interior do corpo e no meio ambiente.

Os nervos cranianos são 12 pares:

1-OLFATÓRIO
Fibra: sensitiva
Função: Mucosa olfatória


2-ÓPTICO
Fibra: sensitiva
Função: Retina


3-OCULOMOTOR
Fibra: motora
Função: Controle da movimentação do globo ocular, da pupila e do cristalino


4-TROCLEAR
Fibra: motora
Função: Controle da movimentação do globo ocular


5-TRIGÊMEO
Fibra: sensitiva
Função: Pele face, cavidade oral, nasal, dentes, chifres


6-ABDUCENTE
Fibra: motora
Função: Controle da movimentação do globo ocular


7-FACIAL
Fibra: mista
Função: Língua e glândulas salivares


8-VESTÍBULO-COCLEAR
Fibra: sensitiva
Função: Ouvido interno


9-GLOSSOFARÍNGEO
Fibra: mista
Função: Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da faringe, laringe e palato


10-VAGO
Fibra: mista
Finção:Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação das vísceras torácicas e abdominais


11-ACESSÓRIO
Fibra: motora
Função: Músculos do pescoço


12-HIPOGLOSSO
Fibra: motora
Função: Controle dos músculos da faringe, da laringe e da língua. sensitiva

Fonte: Conteúdo ministrado em aula pela professora Ana Carolina.


Fonte: www.afh.bio.br

domingo, 22 de abril de 2007

Nervos

No sistema nervoso periférico as fibras nervosas agrupam-se em feixes, dando origem aos nervos. Devido à cor da mielina, os nervos são esbranquiçados, exceto os raros nervos muito finos formados somente por fibras amielínicas.

O tecido de sustentação dos nervos é constituído por uma camada fibrosa mais externa de tecido conjuntivo denso, o epineuro, que reveste o nervo e preenche os espaços entre os feixes de fibras nervosas. Cada um destes feixes é revestido por uma bainha de várias camadas de células achatadas, justapostas, o perineuro. As células de bainha perineural unem-se por junções oclusivas, constituindo uma barreira à passagem de macromoléculas. Dentro da bainha perineural encontram-se os axônios, cada um envolvido pela célula de schwann, com sua lâmina basal e um envoltório conjuntivo constituído principalmente por fibras reticulares, chamado endoneuro. As células de schwann sintetizam colágeno tipo III que forma as fibras reticulares do endoneuro.

Os nervos estabelecem comunicação entre o centros nervosos e os órgãos da sensibilidade e os efetores. Possuem fibras aferentes e eferentes, em relação ao sistema nervoso central. As aferentes levam para os centros as informações obtidas no interior do corpo e no meio ambiente. As fibras eferentes levam impulsos dos centros nervosos para os órgãos efetores comandados por esses centros. Os nervos que posuem apenas fibras de sensibilidade(aferentes) são chamados de sensitivos e os que são formados apenas por fibras que levam a mesnsagem dos centros para os efetores são os nervos motores. A maioria dos nervos possui fibras dos dois tipos, sendo, portanto, nervos mistos.

Fonte: Livro de Histologia básica, autores: Junqueira e Carneiro
Fonte: www.icb.ufmg.br

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Meninges

O sistema nervoso central está contido e protegido na caixa craniana e no canal vertebral, sendo envolvido por membranas de tecido conjuntivo chamadas meninges.

As meninges são formadas por três camadas, que, de fora para dentro, são as seguintes: dura-máter, aracnóide e pia-máter.


  • Dura-máter: é a meninge mais externa, constituída por tecido conjuntivo denso, contínuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. A dura-máter, que envolve a medula espinhal, é separada do periósteo das vértebras, formando-se entre os dois o espaço epidural. Este espaço contém veias de parede muito delgada, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. A parte da dura-máter em contato com a aracnóide constitui um local de fácil clivagem, onde muitas vezes, em situações patológicas, pode acumular-se sangue externamente à aracnóide, no chamado espaço subdural. Este espaço não existe em condições normais.

A superfície interna da dura-máter e, na dura-máter do canal vertebral, também a superfície externa são revestidas por um epitélio simples pavimentoso de origem mesenquimatosa.


  • Aracnóide: apresenta duas partes, uma em contato com a dura-máter e sob a forma de membrana, e outra constituída por traves que ligam a aracnóide com a pia-máter. As cavidades entre as traves conjuntivas formam o espaço subaracnóide, que contém líquor e não tem comunicação com o espaço subdural. A aracnóide é formada por tecido conjuntivo sem vasos sangüíneos e suas superfícies são todas revestidas pelo mesmo tipo de epitélio simples pavimentoso, de origem mesenquimatosa, que reveste a dura-máter.

A aracnóide forma, em certos locais, expansões que perfuram a dura-máter e vão fazer saliências em seios venosos, onde terminam com dilatações fechadas: as vilosidades da aracnóide.

A função destas vilosidades é transferir líquor para o sangue. O líquido atravessa a parede da vilosidade e a do seio venoso, até chegar ao sangue.


  • Pia-máter: é muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, embora não fique em contato direto com células ou fibras nervosas. Entre a pia-máter e os elementos nervosos situam-se prolongamentos dos astócitos, que, formando uma camada muito delgada, unem-se firmemente à face interna da pia-máter. A pia-máter segue todas as irregularidades da superfície do sistema nervoso central e penetra no tecido nervoso por certa extensão, juntamente com vasos sangüíneos. A superfície externa da pia-máter é revestida por células achatadas, originadas do mesênquima.

Os vasos sanguíneos penetram no tecido nervoso por meio de túneis revestidos por pia-máter, os espaços perivasculares. A pia-máter que segue os vasos sanguíneos dsaparece antes que estes se transformem em capilares. Os capilares do tecido nervoso são totalmente envolvidos por expansões dos prolongamentos dos astrócitos, não havendo contato direto entre os neurônios e os capilares.

Bibliografia: Histologia Básica; autores: Junqueira e Carneiro
Meninges no cérebro e na medula espinhal

terça-feira, 17 de abril de 2007

Medula espinhal

A medula espinhal está alojada no canal vertebral. Anatomicamente, a medula apresenta uma intumescência cervical (C7) e uma lombar (L6-L7). A intumescencia cervical dá origem aos nervos espinhais para os membros torácicos - pexo braquial, e a intumescencia lombar dá origem aos nervos espinhais para os membros pelvinos - plexo lombo sacral.


Apresenta ainda no seu terço final, o cone medular seguido das raízes dos últimos nervos espinhais. Tal conjunto dá-se o nome de cauda eqüina.


Em cortes transversais da medula espinhal, a substância branca se localiza externamente e a cinzenta internamente, com a forma da letra H. O traço horizontal do H apresenta um orifício, corte do canal central medular, revestido pelas células ependimárias. Este canal representa a luz do tubo neural embrionário. A substância cinzenta dos traços verticais do H forma os cornos anteriores, que contêm neurônios motores e cujos axônios dão origem às raízes ventrais dos nervos raquidianos. Forma também os cornos posteriores, que recebem as fibras dos neurônios situados nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinhais. Os neurônios da medula são multipolares e volumosos, principalmente os neurônios motores dos cornos anteriores.
Fonte: Histologia básica, autores Junqueira e Carneiro.


Canal vertebral e medula espinhal.



Corte transversal da medula espinhal.

Fonte: www. afh.bio.br

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Cerebelo e Tronco cefálico

Cerebelo

O cerebelo situa-se na superfície dorsal do tronco. É responsável pelo equilíbrio do animal e tonicidade muscular.


A substância cinzenta possui três camadas:

  • Camada molecular: rica em fibras nervosas amielíncas, e é a camada mais externa.
  • Células de Purkinje
  • Camada granulosa: onde se encontram os menores neurônios do organismo.
O cerebelo apresenta anatomicamente os hemisférios direito e esquerdo; vérmis, que é a elevação entre estes hemisférios; folhas do cerebelo e lâminas brancas.







Camadas do cerebelo já descritas acima.

Fonte: www.icb.ufmg.br

Tronco cefálico

Como já descrito anteriormente, o tronco se divide em mesencéfalo, ponte e bulbo.

Mesencéfalo: é percorrido pelo aqueduto mesencefálico, que une os 3º e 4º ventrículos. Possui o sitema reticular ativador (SRA) que é responsável pelo estado de alerta do animal.

Ponte: situa-se cranial ao bulbo e caudal ao mesencéfalo. Emite os pedúnculos cerebelares ao cerebelo, afim de fixá-lo no lugar.

Bulbo: é a porção caudal do encéfalo e é de extrema importância, pois nele há os centros vitais de controle da respiração, batimentos cardíacos e pressão sanguínea.
Fonte: Conteúdo ministrado em aula





Legenda:
verde: mesencéfalo
cinza: ponte
laranja: bulbo

Fonte da ilustração: www.guiaheu.nom.br

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Encéfalo - Cérebro

Anatomicamente, o encéfalo faz parte do sistema nervoso central. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo e tronco cefálico. Este, se divide em mesencéfalo, ponte e bulbo.





Cérebro( telencéfalo) : é dividido em hemisférios cerebrais direito e esquerdo, e esta união dos dois hemisférios se dá ao corpo caloso. O cérebro apresenta os giros cerebrais, sendo que as aves não os possuem.


Na superfície do cérebro encontra-se a substância cinzenta, que é uma região rica em fibras nervosas amielínicas, corpos de neurônios e células da glia. Nas partes mais centrais do cérebro há predominância da substância branca, que são fibras nervosas mielínicas.
obs: Será ilustrado posteriormente.

Fonte do conteúdo teórico: Ministrado em aula

Hemisférios cerebrais


Encéfalo


O telencéfalo se divide em lobos:
  • Lobo frontal: responsável pelas atividades intelectuais e aprendizagem; reações motoras finas e precisas.
  • Lobo parietal: informação sensitiva (dor, toque, propriocepção).
  • Lobo occipital: visão.
  • Lobo temporal: audição, localização do som; sistema límbico (instintos): proteção, instintos sexual e maternal.


Fonte das ilustrações: www.afh.bio.br

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Sinapses

Sinapse é uma região altamente especializada, onde ocorre a transferência da informação (impulso elétrico) de uma célula para outra, através dos neurotransmissores; sendo estes, mediadores químicos de comunicação entre as células.


Quando o axônio está em repouso, a face interior da membrana é negativa em relação à superfície externa devido à predominância de cloro no meio intracelular e a predominância de sódio no meio extracelular.


A passagem do impulso ao longo da fibra, ocasiona a entrada de sódio e a saída de potássio. Como a entrada de sódio é maior do que a saída de potássio, ocorre um acúmulo de íons positivos na superfície interna da membrana plasmática. Consequentemente, durante a passagem do impulso à superfície externa da membrana do axônio se torna carregada negativamente em relação à superfície interna.


A onda despolarizante chega ao botão terminal do axônio da célula pré sináptica, abrindo os canais de voltagem de cálcio, possibilitando a entrada do mesmo. Isso faz com que as vesículas sinápticas dirijam-se até a membrana plasmática liberando o seu conteúdo, os neurotransmissores, na fenda sináptica.

Os neurotransmissores ligam-se aos seus receptores específicos da membrana plasmática da célula pós sináptica promovendo a condução do impulso nervoso. Os neurotransmissores são reciclados ou destruídos na própria fenda.


Tipos de sinapses


Axodendrítica: axônio com o dendrito

Axossomática: axônio com o corpo celular

Axoaxônica: axônio com axônio

Fonte: Conteúdo ministrado em sala de aula e Livro de Histologia básica, autores: Junqueira e Carneiro



Onda despolarizante com animação



Fonte: www.afh.bio.br

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Fibras Nervosas

As fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias.


Todos os axônios são envolvidos por dobras únicas ou múltipas, formadas por uma célula envoltória. Nas fibras nervosas do sistema nervoso periférico, são as células de schwann que produzem a bainha de mielina. Já no sistema nervoso central, as células que formam a bainha são os oligodendrócitos.


A s fibras nervosas se dividem em dois tipos:

  • Amielínicas: são axônios de pequeno diâmetro que são envolvidos somente por uma única dobra de mielina.


  • Mielínicas: são axônios em grande calibre, indicando que há um grande número de voltas de bainha de mielina.
Nas fibras nervosas há uma região em que não se encontra mielina. Esta região é chamada de nódulo de Ranvier, e é por este local que o impulso nervoso se propaga, pois a bainha de mielina é isolante elétrica.

Fibra nervosa amielínica




Fibra nervosa mielínica

terça-feira, 3 de abril de 2007

Células da Glia

As células da glia não tem papel de irritabilidade e condutibilidade, portanto, não geram impulsos e nem formam sinapses.


Ao contrário dos neurônios, as células da gliasão capazes de multiplicação mitótica, mesmo no adulto.


Distinguem-se na neuróglia os seguintes tipos celulares:



  • Oligodendrócitos: são provenientes do tubo neural e possuem ramificações, sendo que estas se enrolam em vários axônios. Tem como função formar bainha de mielina no sistema nervoso cntral, sendo esta bainha constituída de membrana plasmática.

  • Astrócitos: também são provenientes do tudo neural, porém possuem funções bastante diferentes dos oligodendrócitos. Os astrócitos criam um compartimento especializado dentro do tecido nervoso para o bom funcionamento do mesmo; remove o excesso de neurotransmissores e de potássio; e participam na cicatrização do tecido nervoso formando o glioma.

  • Células ependimárias: são provenientes da zona germinativa do tubo neural. Estabelece o revestimento do canal central, ventrículos e produz o líquor.

  • Micróglia: é proveniente do monócito do sangue e é responsável pela defesa celular através da fagocitose.

Fonte: Conteúdo ministrado em aula.




Fonte: www.afh.bio.br

domingo, 1 de abril de 2007

Tipos de neurônios

De acordo com sua morfologia, os neurônios podem ser classificados nos seguintes tipos:


  • Neurônios multipolares, que apresentam mais de dois dendritos. A grande maioria dos neurônios é desse tipo.

  • Neurônios bipolares, possuidores de um dendrito e de um axônio. São encontrados nos gânglios coclear e vestibular, na retina e na mucosa olfatória.

  • Neurônios pseudounipolares, que apresentam, próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso central. São encontrados nos gânglios espinhais.










Fonte das ilustrações: www. geocities.com.br



Os neurônios podem ainda ser classificados segundo sua função:


  • Neurônios motores: efetuam uma ação, enviam mensagem para execução (vísceras, músculos, glândulas). Sai do sistema nervoso central em direção ao periférico. Exemplo: neurônio multipolar.

  • Neurônios sensoriais: captam a mensagem do meio externo, interno e de células sensoriais e manda para o sistema nervoso central. Exemplo: neurônio bipolar e pseudounipolar.
  • Neurônios interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos.

Fonte: www.afh.bio.br